Um jovem realizador que quer fazer um novo filme sobre
Cristóvão Colombo e o que sucedeu aos índios americanos às mãos dos invasores
espanhóis, vai com a sua equipa filmar para a Bolívia, onde contratam uma série
de nativos para participar no filme. Um desses nativos é também o líder na luta
contra os magnatas que controlam o fornecimento da água na cidade e os dois
mundos acabam por colidir.
A ideia é interessante, mas o mesmo não posso dizer da
sua execução. A realizadora Iciar Bollaín tenta criar uma óbvia analogia entre
as duas situações, mas falta dramatismo a ambas. Os personagens, com rara
excepção, são desinteressantes e não conseguem cativar-nos o suficiente para
nos sentirmos emocionalmente envolvidos com as histórias. O filme também sofre
de uma mal que poucos realizadores conseguem fazer bem, a lamechice. Aqui é
forçada e ineficaz.
Como o jovem realizador, Gael Garcia Bernal, apesar do
seu profundo olhar, não está no seu melhor, mas a verdade é que ao seu
personagem também não foi dado muito que fazer. Luís Tosar, como o produtor em
acção, vai bem e teve a sorte de lhe ter sido dado o melhor personagem do
filme. Como o líder nos nativos, Juan Carlos Aduviri não é nada convincente.
Ia à espera de melhor e achei o filme longo e aborrecido.
Classificação: 3 (de 1 a 10)
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