J. Edgar Hoover, é um jovem patriota, capaz de tudo para proteger a sua amada América, que consegue chegar a chefe do FBI, cargo que exerce por quase 50 anos. Um dia conhece Clyde Tolson, um jovem bem parecido por quem ele se sente atraído e com qual cria uma duradoura relação. No seu apogeu, J. Edgar foi um dos homens mais poderosos da América, não tendo problemas morais em chantagear os próprios presidentes ou em deturpar a verdade, desde que isso protegesse a sua América e lhe desse protagonismo.
Este retrato biográfico de J. Edgar Hoover é dirigido com mão segura por Clint Eastwood, que, como é seu costume, prefere investir na história e nas personagens, em detrimento do grande espectáculo, abordagem essa que uma vez mais resulta. Com uma excelente reconstituição de época e uma fotografia nostálgica de Tom Stern, é um filme que se segue sempre com interesse e, apesar de todos os seus defeitos, é difícil não nos pôr-mos do lado de alguém que enfrentava os políticos sem medo. Acho que por vezes todos gostaríamos ter um bocadinho do poder do Sr. Hoover.
Também na direcção de actores, Eastwood é brilhante. Como J. Edgar, Leonardo DiCaprio dá-nos uma das suas melhores interpretações e não percebo como é que falhou a nomeação para o Óscar. A seu lado Judi Dench é eficaz e fria com a mãe de Edgar e Naomi Watts foge felizmente do seu registo normal como a secretária privada de Edgar. Uma última palavra para Armie Hammer (os gémeos de THE SOCIAL NETWORK), que, como Clyde, se revela um convincente actor e mostra assim ser muito mais que um formoso rapaz.
No meio deste filme político está uma bonita história de amor entre homens, contada com sensibilidade por Eastwood. E não esquecer a nostalgia cinéfila que emana do filme. Classificação: 7 (de 1 a 10)
Também fui ver este filme ao cinema e gostei dele. Foi engraçado saber quem era o fundador do FBI e foi interessante saber as medidas que ele tomou para gerir aquela instituição. J.Edgar não é o melhor filme de Clint Eastwood, mas é um grande filme.
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