Na noite do seu casamento, Justine tenta parecer feliz mas algo não está bem; a sua irmã Claire tenta salvar a festa. Entretanto, um novo planeta, Melancolia, parece estar em rota de colisão com a Terra, situação essa que cada uma das irmãs enfrenta de forma diferente.
Quem costuma ler as minhas criticas cinematográficas, já sabe que não tenho muita paciência para filmes parados. No entanto, isso não quer dizer que, se a história for boa e as personagens interessantes, eu não consiga apreciar esse tipo de filmes. O que nos leva ao último e talvez (não vi todos) melhor filme de Lars Von Trier.
A primeira coisa que me conquistou foi o fortíssimo lado visual, com uma brilhante fotografia de Manuel Alberto Claro, a fazer lembrar as pinturas clássicas. Depois há toda uma fabulosa encenação operática ao som de Wagner, que serve a história na perfeição. Uma vez mais, Von Trier é excelente a manipular emoções e consegue, sem grandes efeitos ou pretensões, transmitir-nos a angústia do que pode ser o fim do nosso planeta. Por fim, o elenco é de eleição, com destaque para Kirsten Dunst e Charlotte Gainsbourg como as irmãs. Gainsbourg é excelente e o seu desespero é sufocante; Dunst nunca esteve tão bem, passando com facilidade do estado da mais pura felicidade para a maior tristeza.
O final é angustiante e arrebatador, não deixando ninguém indiferente. Sem dúvida um dos grandes filmes do ano, bem como o mais belo; só gostava que o seu ritmo fosse um bocadinho menos lento. Classificação: 8 (de 1 a 10)
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