Vera é uma jovem de espírito independente que sonha ter uma vida académica.
Apanhada pelos horrores da 1ª Guerra Mundial, vê o seu irmão e amigos,
incluindo a sua paixão Roland, irem combater para a frente e acaba por se
oferecer como enfermeira e assim viver a guerra na primeira pessoa.
O trailer promete um drama romântico épico, na linha de E TUDO O VENTO
LEVOU (a cena de Vera no meio dos soldados feridos remete para uma cena
semelhante nesse grande clássico), mas na realidade o realizador… dá-nos um
drama frouxo, a atirar para o poético e cuja acção se arrasta por mais de duas
longas horas. Tem paisagens bucólicas e actores limpinhos, mas falta-lhe
emoção.
Para mim o maior problema é a relação de amor entre Vera e Roland. Não
existe qualquer química entre os actores que interpretam os respectivos
personagens, Alicia Vikander e Kit Harington; se ela consegue convencer como
uma jovem apaixonada e cheia de coragem, já ele é a personificação do insonso,
com o seu ar assexuado e olhar de coelho assustado. Este facto arruinou o filme
para mim, pois era imperativo que esta paixão fosse real para me poder sentir
emocionalmente ligado ao filme e às suas personagens. A verdade é que Vikander
tem muito mais química com os actores que fazem do seu amigo Victor, Colin
Morgan, e do seu irmão, Taron Egerton, do que com o seu apaixonado. A melhor
cena do filme é entre Vera e o seu irmão; quando esta trata dos seus ferimentos
e sabe da sua paixão secreta. Se ao menos o filme tivesse mais cenas destas...
Um pequeno aparte. Numa cena, Vera e os seus três amigos vão por uma
estrada fora e não consegui deixar de pensar na Dorothy de O FEITICEIRO DE OZ e
seus três companheiros a caminharem pela "yellow break road".
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