Uma velha estrela de rock recebe de presente uma carta que John Lennon lhe
escreveu há 40 anos atrás e da qual ele não tinha conhecimento. Esta carta faz
com ele deseje mudar a sua vida e assim decide ir procurar o seu filho, o qual nunca
viu.
Inspirado numa história verídica, esta comédia dramática vive, e muito bem,
do excelente elenco que dá vida às personagens. O realizador Dan Fogelman
consegue evitar cair na lamechice fácil a que algumas das cenas se prestam,
fazendo-o com humor, mas não perdendo o efeito dramático. O final é disso um
excelente exemplo e a sua simplicidade tocou-me.
Al Pacino está em grande forma como Danny Collins e a seu lado é um prazer
reencontrar a sempre excelente Annette Bening, uma actriz injustamente esquecida
por Hollywood. A química entre Pacino e Bening é deliciosa e palpável. Em
papéis secundários, o borracho do Bobby Cannavale vai muito bem como o filho de
Danny e Jennifer Garner, como a sua mulher, dá-lhe a réplica certa. Uma última
palavra para o grande Christopher Plummer, como o velho e perspicaz agente de
Danny.
Gosto muito de pequenas produções como esta, onde o que conta é a relação
entre as pessoas, as emoções e sentimentos, em vez de uma mão cheia de efeitos
especiais. Classificação: 7 (de 1 a 10)
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