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terça-feira, 12 de maio de 2015

FORÇA MAIOR (Force Majeure) de Ruben Östlund

Uma família de férias numa instância de ski nos Alpes franceses confronta-se com uma avalanche supostamente controlada e o pai foge em pânico, deixando a mulher e os filhos para trás. A partir daí a relação entre todos eles fica bastante abalada.

Este é um filme branco como a neve, onde a relação de uma família é posta à prova entre planos longos, estáticos, que parecem controlar ou condicionar as emoções/reacções de todos os membros da família. Achei o filme demasiado longo, com o realizador Ruben Östlund a perder tempo com cenas que, no meu ver, pouco ou nada interessam para a história, como por exemplo o grupo de rapazes em tronco nú que gritam e bebem álcool. É capaz de haver uma razão para esta sequência, mas a mim passou-me ao lado. O mesmo se passa em relação a uma personagem feminina devoradora de homens, cuja relevância para a história é, praticamente, nenhuma.

Confesso que achei o final um bocado enigmático, ou seja não o percebi. A cena anterior, a família perdida no meio do nevoeiro no topo da montanha, soou-me a falsa, como se fosse tudo uma encenação e se calhar foi essa a intenção do realizador. Mas o que eu gostei mais foi da sequência em que um casal amigo tem uma discussão na cama, motivada pelos acontecimentos da avalanche.

Johannes Kuhnke e Lisa Loven Kongsli são convincentes como o casal cuja confiança entre si é abalada e que se vê obrigado a confrontar os seus instintos. Vincent Wettergren e Clara Wettergren são os insuportáveis filhos. Como o casal amigo, Kristofer Hibju e Fanni Metelius são o lado humorístico da história.

Interessante, realista, enigmático e frio, estou certo que tem um público que de certo o irá apreciar mais que eu. Classificação: 5 (de 1 a 10)




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