Uma família de
férias numa instância de ski nos Alpes franceses confronta-se com uma avalanche
supostamente controlada e o pai foge em pânico, deixando a mulher e os filhos
para trás. A partir daí a relação entre todos eles fica bastante abalada.
Este é um filme
branco como a neve, onde a relação de uma família é posta à prova entre planos
longos, estáticos, que parecem controlar ou condicionar as emoções/reacções de
todos os membros da família. Achei o filme demasiado longo, com o realizador Ruben
Östlund a perder tempo com cenas que, no meu ver, pouco ou nada interessam para
a história, como por exemplo o grupo de rapazes em tronco nú que gritam e bebem
álcool. É capaz de haver uma razão para esta sequência, mas a mim passou-me ao
lado. O mesmo se passa em relação a uma personagem feminina devoradora de homens, cuja relevância para a história é, praticamente, nenhuma.
Confesso que
achei o final um bocado enigmático, ou seja não o percebi. A cena anterior, a
família perdida no meio do nevoeiro no topo da montanha, soou-me a falsa, como
se fosse tudo uma encenação e se calhar foi essa a intenção do realizador. Mas
o que eu gostei mais foi da sequência em que um casal amigo tem uma discussão
na cama, motivada pelos acontecimentos da avalanche.
Johannes Kuhnke
e Lisa Loven Kongsli são convincentes como o casal cuja confiança entre si é
abalada e que se vê obrigado a confrontar os seus instintos. Vincent Wettergren
e Clara Wettergren são os insuportáveis filhos. Como o casal amigo, Kristofer
Hibju e Fanni Metelius são o lado humorístico da história.
Interessante,
realista, enigmático e frio, estou certo que tem um público que de certo o irá apreciar
mais que eu. Classificação: 5 (de 1 a
10)
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