Chile 1988. O governo de Pinochet, a fim de
apaziguar a comunidade internacional, é obrigado a fazer um referendo e para
isso financia uma campanha (No) contra a sua própria candidatura (Si). Para dar
vida a essa campanha é contratado René Saavedra, um jovem director criativo.
Quando menos se espera, o movimento No ganha vida própria, fazendo estremecer o
governo vigente.
A politica nunca foi assunto que me despertasse
muito interesse, talvez por isso tenha dado umas “cabeçadas” nos primeiros
minutos deste filme, mas depois acordei e segui esta história com algum
interesse. Mais que um filme politico, é um filme sobre o poder da publicidade
e da televisão e como esses meios são usados de forma a manipular as multidões.
Usando uma fotografia tipo documental/experimental, o realizador Pablo Larrain dá um ar de autenticidade ao seu
filme, com um bom equilíbrio entre o drama e o humor, mas não me conseguiu
emocionar.
Gael Garcia Bernal, com o seu olhar profundo, é um
convincente René, mais interessado no lado artístico da campanha do que no lado
politico da mesma. O restante elenco parece saído da época e todos vão muito
bem.
Com a actual crise económica e politica que se vive em
Portugal, dá vontade de criar um movimento como este No, que faça tremer os
alicerces do nosso governo e que os acorde para a realidade do que se passa. Classificação: 5 (de 1 a 10)
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