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terça-feira, 2 de julho de 2024

GEORGE KENT - PARTE 2: “Me and My Dog”













Como prometido, volto ao primeiro filme da carreira de George Kent, ME AND MY DOG, que por cá teve o título EU E O MEU CÃO; uma produção da 20th Century Fox, distribuída em Portugal pelos Filmes Castello Lopes e que estreou no cinema Londres em 1979.

Ficha Técnica:

Realizador: Brian De Palma • Argumento: John Farris • Produção: Frank Yablans • Fotografia: Richard H. Kline • Música: Jerry Goldsmith • Canção tema: Burt Bacarach & Hal David, cantada por George Kent

Personagens/Elenco:

Peter Francis (George Kent) - um miúdo solitário e órfão de mãe que vive numa mansão

Mrs Davis (Bette Davis) – tia-avó de Peter

Mr. Francis (Douglas Fairbanks Jr.) – pai de Peter

Mrs. Douglas (Piper Laurie) – a médium

David Francis (Paul Le Mat) – irmão de Peter

Julie Francis (Nancy Allen) – esposa de David

Mrs. Pearce (Patricia Neal) – nanny de Peter

Mrs. Taylor (Gloria Swanson) – nanny de Peter

Harry (Jack Warden) – motorista e mordomo da família

Inspector Stewart (Charles Durning) – o inspector da polícia

Lynda (Season Hubley) – a criada

História: Peter vive com a sua tia-avó Mrs. Davis numa enorme mansão. Um dia ao regressar do colégio com o seu chauffeur vê um doberman ferido na estrada e decide, apesar dos protestos do motorista, levá-lo para casa onde trata dele. Nasce então uma estranha ligação entre ambos. As duas “nannies” que também vivem na mansão, não gostam do cão e fazem queixas a Mrs. Davis, que não lhes liga nenhuma.

Uns dias depois, o irmão de Peter, a sua esposa (Nancy Allen) e o seu bebé chegam à mansão para ir passar uns dias e também não simpatizam com o cão. Nessa noite Peter leva o cão para o seu quarto e, quando Lynda, uma das criadas, entra no quarto à noite com o intuito de provocar sexualmente o puto, vê o cão e grita alertando toda a mansão. O irmão de Peter obriga-o a pôr o cão na rua. Mas depois de todos se terem deitado, Peter vai buscar o cão e ao passarem pelo quarto da criada, entram e enquanto ele tapa a cara da criada com uma almofada para que ela não possa gritar, o cão dilacera a sua garganta, matando-a. A próxima passagem é pelo quarto onde dorme o bebé, que é comido pelo cão perante o olhar fixo de Peter. Os gritos do bebé acordam todos e quando David entra no quarto é atacado pelo cão, mas a chegada dos outros afugenta o cão que salta por uma das janelas, desaparecendo na noite.

No dia seguinte o inspector da polícia que está a tratar do caso, com a ajuda de alguns dos seus homens, bem como de David e do mordomo, conseguem encontrar o cão e abatem-no perante as lágrimas de Peter. O cão é então enterrado junto de umas árvores perto da mansão.

Nessa noite, Peter ouve o uivar do cão, indo até à sua campa onde algo lhe bate nas pernas provocando a sua queda, arrastando-se para cima da mesma onde começa a uivar como um cão. As “nannies” ouvem o puto e vão dar com ele deitado em cima da campa, mas o seu olhar é estranho e de repente as suas feições começam a parecer-se com as do cão. Aterrorizadas, elas tentam fugir, mas é tarde demais e acabam mortas por Peter, que em seguida foge para a floresta.

Quando os corpos delas são encontrados, instala-se o pânico na mansão. A criadagem abandona a mesma e o inspector volta com alguns homens para procurar Peter na floresta. O inspector separa-se dos seus homens e encontra Peter, meio transformado em cão, junto a um grande rochedo. Ao vê-lo Peter ataca-o e o inspector grita até morrer. Alertados pelos seus gritos, os outros polícias e David correm para o local onde encontram o seu corpo e veem o que julgam ser Peter a comer um dos braços do inspector. David decide que está na altura de ir buscar o pai, Mr. Francis.

Nessa noite, sozinhas na mansão, Mrs. Davis, Julie e o mordomo estão na sala quando ouvem barulho no exterior. Munido de uma espingarda, o mordomo vai investigar o que se passa e em seguida elas só ouvem os seus gritos. Assustadas, preparam-se para fugir da sala para os pisos superiores, quando Peter transformado em cão lhes aparece em frente. Em pânico Julie salta por uma das janelas e foge; Peter em vez de atacar Mrs. Davis, corre atrás de Julie e apanha-a na estrada.

Quando David, o seu pai e Mrs. Douglas, uma médium amiga deste, se aproximam da mansão, os faróis do carro incidem sobre o corpo de Julie a ser devorado por uma estranha criatura. É Peter completamente transformado que foge ao vê-los. Aterrorizada, Mrs. Douglas diz que o miúdo deve estar possuído pelo espírito do cão e que ela talvez consiga expulsar o espírito, mas que para isso eles têm que apanhá-lo. Mas David, desesperado pela morte da sua esposa e filho, pega na espingarda junto do corpo do mordomo, que encontram à entrada da mansão, e corre sozinho para a floresta, não ligando aos protestos do pai.

Já na floresta, vê uns olhos a brilhar no escuro e dispara, ao aproximar-se dá com o corpo morto de uma raposa. Ouve rosnar atrás de si e quando se volta defronta Peter. Este salta sobre ele e pouco depois David morre vítimas das garras e dentes do irmão. Na mansão ouvem os gritos dele. No dia seguinte, a polícia faz buscas na floresta, mas de Peter, nem sinal.

Essa noite na mansão, Mrs. Davis está a ler na sala, quando Peter entra na mesma. Ao vê-lo ela grita e Mr. Francis entra na sala empunhando um crucifixo, a seu lado Mrs. Douglas começa a dizer umas rezas. Peter começa a rebolar de dor no chão e a espumar pela boca. Mrs. Douglas lança-lhe água benta e depois de um terrível grito, Peter parece voltar a si e, vendo o pai, abraça-se a este enquanto Mrs. Davis chora. Nesse preciso momento, todos sentem uma presença na sala e vários objectos começam a cair, como se um animal andasse à solta na sala, algo parte uma das janelas e ouvem o cão a correr lá fora em direção à sua campa. Mrs. Douglas segue-se e benze a campa enterrando um crucifixo sobre a mesma, nesse preciso momento é mordida no braço por uma força invisível, mas consegue libertar-se dizendo umas orações.

No dia seguinte, os sobreviventes abandonam a mansão, que mais tarde é mandada demolir. Ao fazê-lo, um dos operários passa com um camião sobre a campa do cão, destruindo o crucifixo, ouvindo-se de seguida um terrível uivo.

Escrito em 17.10.1980

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