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domingo, 10 de julho de 2022

UMA DÚZIA DE ESTREIAS

Nestas últimas semanas, fui ver ao cinema uma dúzia de filmes, de diversos géneros e de qualidade variada. A verdade é que este ano as estreias têm-se sucedido em ritmo vertiginoso e, até hoje, já estrearam em Lisboa 175 filmes (este número não inclui os vários documentários que têm chegado aos nossos cinemas).

Por diversas razões, não é possível ver tudo e nem tudo me desperta interesse. A minha inclinação vai sempre para o chamado cinema comercial, pois cada vez tenho menos paciência para os chamados filmes de qualidade. Sempre fui e continuo a ir ao cinema para me divertir, para escapar ao mundo real. Posto isto vamos lá a uma “rapidinha” pelos últimos filmes que vi.


Um dos meus géneros preferidos de sempre é o fantástico no geral, com especial carinho pelo cinema de terror (ou horror, se assim preferirem). Como sabem, não é um género muito divulgado pelo nosso circuito comercial e nem mesmo nas “scary rooms” dos Cinema City ele aparece muito.

Meio escondidos, estrearam A CASA DO MAL e O TELEFONE NEGRO. O primeiro arrasta-se por uma casa assombrada, misturando crianças irritantes, cultos satânicos e religião. O elenco não é mau, mas a acção custa a arrancar e depois termina de forma anticlimática. Melhor é o segundo, onde Ethan Hawke é um psicopata que rapta e mata putos, mas não conta com o poder do telefone negro. O filme tem ambiente, mas falta-lhe terror e suspense; o final é fraquito e este novo psicopata merecia melhor.

Apesar de não propriamente de terror, o novo DOUTOR ESTRANHO tem os seus melhores momentos quando o realizador Sam Raimi nos relembra que foi um mestre do género. Quanto ao filme, é um longo desfile de efeitos especiais, com muita confusão, sem qualquer suspense ou emoção, e a desperdiçarem a Wanda Maximoff. Confesso que começo a ficar farto de filmes de super-heróis. Quando será que esta moda acaba?

A CASA DO MAL (The Banishing) de Christopher Smith – 4 (de 1 a 10)

O TELEFONE NEGRO (The Black Phone) de Scott Derrickson – 6 (de 1 a 10)

DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA (Doctor Strange in the Multiverse of Madness) de Sam Raimi – 3 (de 1 a 10)











Episódios ou histórias da vida real nunca foram muito a “minha praia”, mas há muitos bons filmes do género e o OPERAÇÃO SECRETA é um bom exemplo disso. Prendeu-me a atenção desde o início e conta-nos um episódio da Segunda-Guerra com suspense, humor e um elenco em grande forma.

Já o quase documental NOTRE-DAME EM CHAMAS, é isso mesmo. Mostra-nos o princípio, o meio e o final do terrível incêndio que consumiu a famosa catedral, de forma muito factual e sem emoção. Por razões que desconheço (pode ser baseado na realidade), temos uma criança religiosa e uma velhota preocupada com o seu gato que parecem ter sido metidas a “martelo” na história.

Continuando por Paris, temos a biografia cinematográfica de Gustave Eiffel e da sua mais famosa obra, tudo em tons românticos e dramáticos. Eu gostei!

OPERAÇÃO SECRETA (Operation Mincemeat) de John Madden – 7 (de 1 a 10)

NOTRE-DAME EM CHAMAS (Notre-Dame Brûle) de Jean-Jacques Annaud – 5 (de 1 a 10)

EIFFEL de Martin Bourboulon – 6 (de 1 a 10)









Os próximos três filmes não podiam ser mais diferentes, mas gostei de todos, principalmente da colorida e electrizante biografia do rei do rock, Elvis Presley. ELVIS é um bom regresso do realizador Baz Luhrmann à ribalta, com duas excelentes interpretações de Austin Butler e de Tom Hanks (que provavelmente irá ser nomeado para os Óscars e merece).A segunda longa-metragem do DOWNTON ABBEY não foge à sua herança, com dramas e humor à mistura, com uma mudança de cenário para França e um cheirinho ao SERENATA À CHUVA com a equipa cinematográfica que invade a mansão. Tudo muito doce, mas gostei.

Por fim uma divertida animação de ficção científica vinda da Pixar/Disney, que nos revela as aventuras do BUZ LIGHTYEAR que viriam a dar origem ao famoso boneco da série TOY STORY.

ELVIS de Baz Luhrmann – 7 (de 1 a 10)

DOWNTON ABBEY: A NEW ERA (Downton Abbey: Uma Nova Era) de Simon Curtis – 6 (de 1 a 10)

BUZZ LIGHTYEAR de Angus MacLane – 6 (de 1 a 10)











Para terminar os meus preferidos desta dúzia de filmes. Começo pelo violento e emocionante, quase épico, O HOMEM DO NORTE, onde as lendas vikings ganham vida numa história de vingança cheia de sangue que nos arrebata a atenção. O elenco é cinco estrelas!

Não tinha planeado ver o TOP GUN: MAVERICK, mas fiquei curioso depois de ouvir diversas boas críticas. E não é que gostei muito do filme! Tom Cruise está em plena forma, dando-nos uma das suas melhores interpretações e, para variar, soube muito bem ver fantásticas cenas áreas que não assentam em CGI para surtirem o seu efeito vertiginoso.

Se, como eu, adoram dinossauros, o MUNDO JURÁSSICO: DOMÍNIO é para vocês! São mais duas horas de divertida acção, com muitos dinossauros à mistura e um elenco que está a divertir-se “à brava” com estas aventuras fantásticas. Venham mais!

O HOMEM DO NORTE (The Northman) de Robert Eggers – 8 (de 1 a 10)

TOP GUN: MAVERICK de Joseph Kosinski – 8 (de 1 a 10)

MUNDO JURÁSSICO: DOMÍNIO (Jurassic World Dominion) de Colin Trevorrow – 8 (de 1 a 10)

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