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domingo, 4 de outubro de 2020

UMA SEREIA EM PARIS (Une Sirène à Paris) de Mathias Malzieu

Gaspard é um cantor de bar que vive preso ao passado. Lula é uma sereia, cujo canto endoidece os homens que, literalmente, morrem de amor por ela. Um dia Gaspard encontra Lula num cais do Sena e leva-a para casa, por qualquer razão ele é imune aos seus cantos fatais.

Como sabe bem entrar no mundo nostálgico desta fantasia romântica! A história é simples, mas o realizador Mathias Malzieu carrega-a de magia, com cenários deliciosos e uma iluminação fantástica. É difícil resistir aos encantos do filme e dei por mim transportado para uma Paris quase irreal onde tudo pode acontecer. Escusado será dizer que adorei o bar onde Gaspard canta e a decoração do seu apartamento.


Como Gaspard, Nicolas Duvauchelle é um simpático charmoso por quem é fácil sentir empatia e Marilyn Lima é uma belíssima sereia. Entre os dois há uma química natural e um sentido de humor cúmplice, sem o qual este filme não seria o que é. No papel da vizinha bisbilhoteira, mas com boas intenções, Rossy de Palma é sempre deliciosa. Claro que nos contos de fadas, há sempre uma personagem má, aqui é a Dra. Milena (uma aborrecida Romana Bohringer), cujo namorado (um borracho de nome Alexis Michalik) sucumbe aos encantos da sereia.


Também adorei o genérico da abertura e simplesmente amo o cartaz do filme, com os dois protagonistas a dançarem no fundo do mar. Na realidade o filme tem qualquer coisa de musical.


É um filme que recomendo a todos os românticos e sonhadores que por aí andam, os outros talvez seja melhor afastarem-se. Uma agradável e refrescante surpresa!

 

Classificação: 8 (de 1 a 10) 




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