Como devem imaginar, estou a sentir muito a falta de ir ao cinema. Também gosto de ver filmes em casas, mas não é a mesma coisa.
Mas, como os cinemas estão fechados, estou a prestar mais atenção ao Netflix e, no meu caso, ao clube de vídeo do MEO. Foi neste que vi, muito recentemente, três filmes de terror e é sobre eles que falo um bocadinho aqui.
LITTLE MONSTERS de Abe Forsythe
Um cantor falhado e uma professora, que acompanham um grupo de crianças num passeio da escola, vêem-se no meio de uma invasão de zombies e têm que fazer tudo para proteger as crianças.
Aqui temos algo refrescante, um filme de terror cheio de cor, ritmo e cuja acção se passa à luz do dia. Dirigido com imaginação e humor por Abe Forsythe, é um dos melhores filmes de zombies que já vi, com suspense e personagens credíveis. Nada é levado muito a sério, o que me agrada bastante, e apesar da abordagem levezinha, a verdade é que Forsythe não se coíbe de nos dar cenas gore ao nível do melhor dos filmes do George A. Romero.
No papel da professora, Lupita Nyong’o (US) é um raio de luz que tudo e todos ilumina com a sua boa disposição e sorriso brilhante; Alexander England é o irritante cantor, que aos poucos e poucos nos vai conquistando. Josh Gad é uma espécie de vilão patético e Diesel La Torrcava é o delicioso sobrinho do cantor. A não perder!
Classificação: 7 (de 1 a 10)
VILLAINS de Dan Berk e Robert Olsen
Um par de criminosos amadores, após assaltarem uma loja, entram numa casa isolada onde descobrem uma miúda presa na cave, bem como que os donos da casa não são bons da cabeça.
Comédia de terror, com alguma piada, mas que podia e devia ter ido mais longe. A história arranca bem, mas perde força pelo meio, com demasiada conversa e pouco ambiente. Bill Skarsgãrd, o palhaço do IT, vai bem como o jovem criminoso e Kyra Sedgwick convence como a louca dona da casa. No todo, apesar de se seguir sem bocejar, é fraco tanto ao nível do terror como ao nível da comédia.
Classificação: 4 (de 1 a 10)
DANIEL ISN’T REAL de Adam Egypt Mortimer
O jovem Luke, quando era miúdo tinha um amigo invisível chamado Daniel que era uma má influência na sua vida, agora mais crescido, Luke volta a precisar de Daniel, mas este tem vontade própria.
Gostei da história e do lado surrealista do filme. Infelizmente, devido ao péssimo trabalho dos actores, parece estarmos perante uma produção amadora e é uma pena. Visualmente, tem coisas muito interessantes e gostei do ar da criatura que assombra Luke, mas o suspense não funciona e Luke falha em causar qualquer tipo de empatia connosco e, para mim, isso é fundamental.
Como já disse o elenco é mau. Como Luke, Miles Robbins é irritante e não me convenceu nem um bocadinho; como Daniel, Patrick Schwarzenegger (sim, é filho do pai Arnold) é péssimo. Só aconselhável a fãs de filmes estranhos, que têm como maior objetivo tornarem-se filmes de culto.
Classificação: 3 (de 1 a 10)
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