Se, como eu, são apaixonados por cinema, devem estar a sofrer imenso com toda esta crise provocada pelo Covid 19 (esperemos que não seja como os filmes de Hollywood, com muitas sequelas) e quando a hipótese aparece de se puder regressar à magia do escuro do cinema, não há que hesitar.
Pessoalmente, o meu regresso começou com o ciclo do Luis Buñuel em exibição no Nimas, mas não é sobre isso que vos vou falar, mas sim sobre um pequeno filme que estreou esta semana no Cinema City Alvalade e que recomendo.
Quando o pai de Masato morre subitamente, ele decide ir até Singapura para conhecer a família da sua falecida mãe e descobre que o casamento dos seus pais foi mal-aceite pela sua avó, que deixou de falar à filha.
Tal como o título indica, é um filme sobre comida, família e a ligação de ambos. Eric Khoo dirige o filme em ritmo lento, mas com mão segura e num crescendo emocional que comove sem cair na lamechice forçada. Um ténue humor dá um pouco de cor a este drama, que acaba por se revelar delicioso como a comida que é cozinhada no écran, da qual quase se sente o aroma e o sabor.
O elenco de interpretações suaves, é liderado por Takumi Saitoh como Masato, com destaque para Beatrice Chien como a avó; as cenas entre os dois são o coração do filme.
Se no final não estiverem cheios de vontade de ir comer um ramen e com uma lágrima ao canto do olho, então o Covid deu cabo de vós!
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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