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domingo, 12 de junho de 2016

O CLUBE (El Club) de Pablo Larraín

A História: Numa pequena cidade à beira mar, um grupo de padres pecadores vive pacificamente na companhia de uma freira. Quando um novo padre se suicida, logo após a sua chegada a essa casa, as suas vidas vão ser transtornadas pelo Padre Garcia, enviado pela igreja a fim de investigar o sucedido.

Os Actores: A naturalidade e a convicção com que todo o elenco interpreta os seus personagens é verdadeiramente notável. Por razões de importância dos seus personagens, destaque para: Alfredo Castro como o torturado padre pedófilo; Marcelo Alonso, que dá à personagem do Padre Garcia um olhar intenso que penetra o interior dos outros, ao mesmo tempo que parece ter também algo a esconder; Roberto Farias como o inocente Sandokan, que foi abusado sexualmente quando era miúdo pelo padre que se suicidou; Antonia Zegers inesquecível como a maquiavélica, beata e sonsa freira.

O Filme: Porra! Isto é forte! Eu sabia ao que é que ia, mas nunca pensei que fosse assim tão forte. O filme é como que um murro no estômago na Igreja Católica e o realizador Pablo Larrían não se reprimiu de chamar as coisas pelos nomes e não fugiu da violência. Os lentos primeiros minutos não nos preparam para o que aí vem, mas a partir do momento que a história arranca nunca mais nos larga. Somos quase que sugados para a realidade perturbante deste “clube” de padres pecadores, que não aceitam no seu íntimo que cometeram actos criminosos. Este é capaz de ser o mais forte e polémico filme do ano e será uma pena que passe despercebido do público. Vão ver, mas preparem-se, a linguagem é adulta e o filme consegue ser muito violento, tanto física como psicologicamente. A não perder!

Classificação: 8 (de 1 a 10)




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