Nova Iorque 1921. Ewa é uma jovem polaca que chega à
América com a sua irmã doente, com a esperança de se reunir com os seus
familiares e ser feliz. A sua irmã é obrigada a ficar de quarentena e ela a ser
deportada, sendo salva por Bruno. Este leva-a para a cidade, onde a convence a
prostituir-se com o intuito de conseguir salvar a sua irmã, mas as coisas
complicam-se ainda mais quando Orlando, primo de Bruno, aparece e capta a
atenção de Ewa.
Fazia já algum tempo que não via um filme que me fizesse
tanto lembrar as chamadas histórias das desgraçadinhas. Mas a vida de Ewa é uma
desgraça atrás da outra, sem grandes hipóteses de redenção. O filme até que
começa bem, mas ao fim de pouco mais de 10 minutos, comecei a perder o
interesse pelos personagens, não conseguindo envolver-me emocionalmente com o
que se passava no ecrã. Quem conseguir essa envolvência de certeza que
conseguirá usufruir mais deste filme pesado e negro (a fotografia cheia de grão
carrega ainda mais a atmosfera dramática) do que eu.
Eu achei-o desinteressante e nem a presença da talentosa Marion
Cottillard (lindíssima na cena da igreja, onde o seu rosto é iluminado por uma
simples vela) me prendeu a atenção. É uma pena ver o talento desta grande
actriz desperdiçado numa personagem que parece não ir a lado nenhum. A seu
lado, Joaquin Phoenix, num personagem patético, está um bocado “over-acting” e
Jeremy Renner não chega a ter tempo de desenvolver o seu personagem.
Em conclusão, um melodrama desinteressante, onde os
acontecimentos são por vezes forçados e cujas personagens deviam ter mais
profundidade. Classificação: 3 (de 1 a
10)
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