O Dr. Will Caster está a tentar criar a suprema inteligência artificial, mas um grupo contra as tecnologias fere-o mortalmente. Antes dele morrer, a sua mulher decide passar a sua inteligência e essência para dentro de um sofisticado sistema tecnológico, acabando por criar um monstro.
Para a sua estreia como realizador, o director de fotografia dos filmes de Christopher Nolan, Wally Pfister, escolheu um misto de ficção científica inteligente e filme de acção. O facto de tentar agradar a estes dois tipos de público, desequilibra o filme, que não é bom nem numa coisa nem noutra. Os fãs de acção vão achá-lo arrastado e aborrecido, o que por vezes é; os fãs de filmes mais cerebrais vão achar que as cenas de acção são forçadas e não se enganam. O prólogo em nada contribui para a história, antes pelo contrário, e o epílogo roça a pirosice.
De certa forma, pode-se dizer que este filme é um parente próximo do excelente HER, pois ambos lidam com a importância/invasão que as novas tecnologias têm nas nossas vidas. Em ambos os casos a coisa é vista por um lado negativo, mas em HER há uma esperança que aqui está ausente. E, ao contrário deste TRANSCENDENCE, HER sabia muito bem quem era o seu público.
No papel principal Johnny Depp não me convenceu e nem percebo porque o escolheram a ele. Mais depressa consigo imaginar Paul Bettany, que aqui faz de seu colega e amigo, nesse papel do que ele. Como a sua mulher, Rebecca Hall dá-nos uma interpretação fria, que em nada contribui para criar empatia com o público. Voltando a Bettany, ele dá-nos a melhor interpretação do filme. É uma pena ver os talentos desperdiçados de Morgan Freeman e Cillian Murphy.
Não é o pior filme do género e a ideia é interessante, os efeitos são bons, mas a sua execução é falhada. Classificação: 4 (de 1 a 10)
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