Jordan é um jovem ambicioso que sonha em ser um corretor
da bolsa nova-iorquina. Quando as coisas não lhe correm como esperava, decide
criar fundar uma bolsa independente de Wall Street e depressa começa a ganhar
milhões.
Mais uma história verídica na base de um candidatos aos
Óscares deste ano e uma daquelas que só nos parece possível acontecer nos
Estados Unidos. Martin Scorsese dá-nos aqui um dos seus melhores filmes (nunca
fui um grande fã deste realizador), conseguindo transmitir a euforia, a
alucinação e o êxtase da vida de Jordan e do seu grupo de seguidores. A loucura
é completa, com bacanais (que não são apenas grupos de gente bacana), linguagem
de fazer corar as pedras da calçada... sexo, drogas e rock-and-roll! No meio
disto tudo dei por mim a chorar numa das cenas e isso surpreendeu-me, algo raro
de acontecer nos dias de hoje.
Toda esta excitação dá-nos uma bem disposta dose de
adrenalina, mas ao fim de duas horas e meia comecei a sentir a longa duração do
filme e ainda faltavam mais 30 minutos. Fora este problema, o filme segue-se
sempre com interesse, com alguns momentos inesquecíveis (a surreal cena dos anões
ou toda a hilariante sequência em que Jordan perde as suas faculdades motoras).
Leonardo DiCaprio está no seu melhor, dando-nos uma
interpretação que é ao mesmo tempo “maior que a vida” e cheia de emoção
interior. Acho que seria mais que justo que este ano ele ganhasse o Óscar para
Melhor Actor. A seu lado, numa curta mas divertida participação, sobressai Matthew
McConaughey (que lhe poderá roubar o Óscar), bem como Jonah Hill como o
irritante e desbocado amigo de Jordan. A bonita Margot Robbie também vai bem
como a superficial segunda esposa de Jordan. Classificação: 7 (de 1 a 10)
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