Irving e Sidney são um casal de vigaristas que são
forçados a trabalhar para um ambicioso agente do FBI, Richie, interessado em
desmascarar o maior número possível de vigaristas. Quando este começa a ter
“mais olhos que barriga” as coisas complicam-se para todos.
Quer-me parecer que a corrida aos Óscares deste ano está
verdadeiramente renhida. Aqui temos outro bom candidato a vários prémios,
incluindo Melhor Filme, dirigido com estilo, humor e paixão pelos personagens
por David O’Russell. Numa cuidada recreação dos anos 70, com um piroso
guarda-roupa a condizer, a história desenrola-se com graciosidade e consegue
deixar-nos sempre na expectativa do que é que irá acontecer a seguir.
O elenco é todo ele de alta qualidade e O’Russell prova
uma vez mais ser um excelente director de actores. Christian Bale sai do seu
registo habitual e dá-nos uma das melhores interpretações da sua carreira,
nunca se levando muito a sério e deixando-se habitar pelo seu personagem. Bale
partilha uma química perfeita com Amy Adams; já era tempo desta actriz mostrar
tudo aquilo que vale, conseguindo ser ao mesmo tempo uma mulher vulnerável e
uma verdadeira bomba sexual dos anos 70. Como o impulsivo agente do FBI,
Bradley Cooper consegue ser ridículo, sexy e podre de bom (sim, o gajo é mesmo
giro). Quanto a Jennifer Lawrence é brilhante como a mulher estúpida, frágil e
sensual de Irving. Também Jeremy Renner é convincente como o Mayor de
ascendência italiana, muito bem acompanhado por Elisabeth Röhm como a sua
mulher.
Para mim este é já um dos filmes do ano. Não tão bom como
o SILVER LININGS PLAYBOOK, o meu filme preferido do ano passado, mas ainda
assim um exemplo seguro de que os americanos, quando querem, ainda conseguem
fazer grandes filmes. Classificação: 5
(de 1 a 10)
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