Provavelmente era um dos poucos espectadores presentes na sala do São Jorge que já tinha visto este filme no cinema. Vi-o, faz muitos anos, numa inesquecível sessão da meia-noite e ficou para sempre gravado na minha memória.
Revê-lo finalmente no cinema e ainda por cima apresentado pelo seu realizador, é sem dúvida um momento de antologia na minha vida de fã de cinema de terror.
O filme envelheceu muito bem e continua a ser muito mais eficaz e inquietante que todas as suas sequelas e remakes. A fotografia suja e “seca” contribui para lhe dar uma atmosfera claustrofóbica que parece pegar-se a nós. A casa decorada com requintes de demência, as personalidades doentias dos assassinos, o irritante irmão da protagonista e o histerismo que esta revela (acho que nunca ninguém gritou tanto num filme como Marilyn Burns o faz aqui), tornam este filme num verdadeiro pesadelo onde, curiosamente, o gore não abunda.
Não sei se em 1974 Tobe Hooper teve consciência que estava a criar um filme que se viria a tornar num clássico do género, bem como um objecto de culto que viria a influenciar dezenas de outros títulos. Mas vendo-o hoje percebe-se o fascínio macabro que emana das suas imagens e que não deixa ninguém indiferente. Classificação: 9 (de 1 a 10)
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