Quando Sharon, aparentemente uma simples dona de
casa, se entrega às autoridades a fim de pagar por erros cometidos há 30 anos
atrás, um ambicioso repórter sente que existe ali material para uma grande
história e começa a investigar. Assim, acaba por revelar a identidade de um
cúmplice de Sharon, Jim Grant, obrigando este a abandonar a sua pequena filha e
a tornar-se um fugitivo.
Novo filme realizado por Robert Redford e, tal como
nos últimos dois, uma forte mensagem politica faz parte da história. No
entanto, ao contrário daquilo que o trailer me fez pensar, não estamos perante
um thriller politico, mas sim de um thriller dramático. A acção segue-se com
interesse, se bem que, lá mais para o fim, se arrasta um bocado. O elevado
número de personagens torna as coisas por vezes um pouco confusas, mas não o
suficiente para que algumas coisas se acabem por tornar previsíveis.
Redford sempre foi bom director de actores e aqui
tem um forte elenco a defender os personagens, a começar por si próprio. Apesar
de idade avançada, Redford continua a ser um homem charmoso e um actor
convincente. A seu lado, duas excelentes veteranas, Julie Christie e Susan Sarandon,
demonstram continuar a saber defender as suas personagens. Da nova geração,
Shia LeBeouf vai bem como o ambicioso repórter que não olha a meios para
atingir os seus fins; a verdade é que não gosto muito deste actor, mas o seu ar
irritante é óptimo para o personagem.
A primeira parte do filme promete um thriller
emocionante, mas pelo meio começa a perder a força e é uma pena que assim seja.
Mas vale a pena ver, nem que seja só pelos actores. Classificação: 5 (de 1 a 10)
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