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domingo, 12 de fevereiro de 2017

JACKIE de Pablo Larraín

A História: Após o assassinato do Presidente John Kennedy, a sua esposa Jackie esforça-se por ultrapassar o seu desgosto e choque, ao mesmo tempo que luta para garantir que o seu marido fique para sempre na memória do povo americano.

Os Actores: Natalie Portman é uma perfeita Jackie Kennedy, uma mulher que disfarça a sua força usando como fachada uma personalidade frívola e quase tonta. Sim, ela fala de uma forma estranha, mas supostamente era assim que falava Jackie. Como o irmão de John Kennedy, Peter Sarsgaard tem um ar desgastado e infeliz. Greta Gerwig muda finalmente de registo como Nancy, uma empregada e amiga de Jackie. Billy Crudup é o jornalista que quer revelar a visão de Jackie sobre os acontecimentos e, no que jugo ter sido um dos seus últimos desempenhos, John Hurt convence como o padre a quem Jackie se confessa.   

O Filme: O ano passado, o realizador Pablo Larraín deu-nos o fortíssimo EL CLUB e esperava mais desta sua estreia no cinema americano. Não é que o filme seja mau, mas os acontecimentos são-nos mostrados quase como se de um documentário se tratasse, sem grande emoção. Para mim o momento mais interessante é já perto do final, quando ao passar por uma loja de moda, Jackie percebe que marcou a sua época, ou melhor, o seu reinado. Como Jackie diz e muito bem, o governo de Kennedy foi uma espécie de Camelot, um tempo de sonhos e fantasia que durou pouco. Gostava que esta abordagem tivesse sido mais explorada e, como apaixonado que sou por musicais, adorei ouvir a canção tema do musical CAMELOT, pelos vistos um favorito de John Kennedy. A música de Mica Levi é omnipresente no decorrer da acção, dando ao filme uma atmosfera lúgubre, e o guarda-roupa de Madeline Fontaine recria na perfeição o universo de Jackie e dos anos 60. Mas o filme é sobretudo Natalie Portman e, se bem que não acho que ela mereça este ano o Óscar, ela está mesmo muito bem.

Classificação: 5 (de 1 a 10)




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