A História: Michèle, uma bem-sucedida mulher de negócios
com um passado negro, é violada e agredida na sua própria casa. Decide não
apresentar queixa à polícia e tentar descobrir por si quem foi o seu agressor
Os Actores: Ele há actrizes que não precisam de fazer
praticamente nada para interpretarem uma personagem, Isabelle Huppert é uma
delas e é brilhante como Michèle; o seu balanço entre drama, humor, sensualidade,
coragem e medo é simplesmente perfeito. Com um simples olhar ela consegue dizer
tudo o que é necessário sem o mínimo esforço. O resto do elenco, apesar de
muito bom, não lhe consegue fazer frente. Destaque para Laurent Lafitte como o seu
simpático e sexy vizinho, Anne Consigny como a sua compreensiva amiga, Judith
Magre como a patética mãe dela e Jonas Bloquet como o seu estranho filho.
O Filme: Como sabemos, o realizador Paul Verhoeven é
sempre uma incógnita, capaz do muito mau, SHOW GIRLS, e do muito bom, ZWARTBOEK
(BLACK BOOK), mas nunca vi nenhum filme chato vindo das suas mãos. Este ELLE é
capaz ser dos seus melhores trabalhos, um thriller dramático muito negro e com
um apurado sentido de humor. Como todos sabemos, Verhoeven nunca foge da
violência, e este filme não é excepção e a cena da violação é bastante credível
e forte. Mentes mais conservadoras poderão achar o filme demasiado forte, mas
eu apreciei os jogos a que ele sujeita os seus personagens e deixei-me
manipular pelos mesmos. Já perto do fim,
uma nota dá uma nova dimensão ao que se passa, tornando a coisa ainda mais
perversa.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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