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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

ELA (Elle) de Paul Verhoeven

A História: Michèle, uma bem-sucedida mulher de negócios com um passado negro, é violada e agredida na sua própria casa. Decide não apresentar queixa à polícia e tentar descobrir por si quem foi o seu agressor

Os Actores: Ele há actrizes que não precisam de fazer praticamente nada para interpretarem uma personagem, Isabelle Huppert é uma delas e é brilhante como Michèle; o seu balanço entre drama, humor, sensualidade, coragem e medo é simplesmente perfeito. Com um simples olhar ela consegue dizer tudo o que é necessário sem o mínimo esforço. O resto do elenco, apesar de muito bom, não lhe consegue fazer frente. Destaque para Laurent Lafitte como o seu simpático e sexy vizinho, Anne Consigny como a sua compreensiva amiga, Judith Magre como a patética mãe dela e Jonas Bloquet como o seu estranho filho.

O Filme: Como sabemos, o realizador Paul Verhoeven é sempre uma incógnita, capaz do muito mau, SHOW GIRLS, e do muito bom, ZWARTBOEK (BLACK BOOK), mas nunca vi nenhum filme chato vindo das suas mãos. Este ELLE é capaz ser dos seus melhores trabalhos, um thriller dramático muito negro e com um apurado sentido de humor. Como todos sabemos, Verhoeven nunca foge da violência, e este filme não é excepção e a cena da violação é bastante credível e forte. Mentes mais conservadoras poderão achar o filme demasiado forte, mas eu apreciei os jogos a que ele sujeita os seus personagens e deixei-me manipular pelos mesmos. Já  perto do fim, uma nota dá uma nova dimensão ao que se passa, tornando a coisa ainda mais perversa.

Classificação: 7 (de 1 a 10)




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