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segunda-feira, 23 de março de 2015

CINDERELA (Cinderella) de Kenneth Branagh

A história é conhecida. Quando a mãe de Cinderela morre, o pai casa com uma mulher terrível. Quando este morre, a madrasta, com a ajuda das suas duas filhas, faz a vida negra a Cinderela. Um dia o príncipe dá um baile para escolher uma noiva e, com a ajuda da sua fada madrinha, Cinderela vai ao baile. Ai conquista o coração do príncipe e perde um sapatinho de cristal...

A minha versão favorita deste conto de fadas continua a ser o filme THE SLIPPER AND THE ROSE, seguido da animação da Disney dos anos 50. É este último que serviu de modelo a esta nova adaptação cinematográfica, com resultados melhores do que o que eu esperava. Confesso que depois das recentes reinterpretações das histórias do Capuchinho Vermelho, Bela Adormecida e Branca de Neve era de temer o pior. Felizmente, o realizador Kenneth Branagh dá-nos um filme romântico, divertido (por vezes em estilo de pantomina), fiel ao espírito do conto original e visualmente sumptuoso. Na verdade, é uma verdadeira festa para os sentidos. Da cuidada fotografia, aos fabulosamente opulentos cenários, não esquecendo a melodiosa banda sonora (dispensava a canção pop que acompanha o genérico final e que nada tem a ver com o estilo/época do filme) e o luxuoso, colorido e imaginativo guarda-roupa.

A jovem Lily James é uma encantadora Cinderela, Richard Madden um charmoso príncipe (se bem que tem os seus dentes demasiado brancos e certinhos) e Helena Bonham Carter uma excêntrica Fada Madrinha. Mas o filme pertence por direito a duas actrizes. Sophie McShera (a Daisy de DOWNTON ABBEY) é deliciosa como Drisella, uma das terríveis filhas da madrasta, que quando canta nos dá uma cena verdadeiramente hilariante. Quanto a Cate Blanchett é simplesmente fabulosa como a Madrasta; uma verdadeira “cabra” trocista, sem coração, mas de uma elegância e beleza deslumbrantes. Desde a sua entrada em cena até ao final nas escadas, Blanchett é inesquecível e o seu guarda-roupa faz lembrar os grandes clássicos de Hollywood.

Especialmente indicado para quem, como eu, acredita em contos de fadas e gosta de finais felizes. Só tenho pena que não seja um musical. Classificação: 7 (de 1 a 10)




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