Gloria é uma cinquentona divorciada, com dois filhos já
criados, com um espírito alegre e que gosta de sair à noite e de dançar. Um dia
conhece Rodolfo, um homem um pouco mais velho que ela e recentemente
divorciado, e entre os dois nasce uma paixão que vai transtornar a vida de
Gloria.
É refrescante ver uma história de amor em que os heróis
não são um casal de jovens, nem um casal de veteranos de Hollywood cheios de
operações plásticas. Os protagonistas deste filme não são bonitos e ricos, mas
também não são feios nem pobres, são pessoas normais, com vidas com as quais
nos podemos identificar.
É um filme honesto, sem medo de filmar os corpos nús dos
personagens e de os mostrar em cenas de sexo. As camadas mais jovens, que acham
que a partir dos 50 a vida sexual acaba e que os pais não fazem sexo, poderão
ficar chocados, mas tudo neste filme é feito com carinho e respeito pelos
personagens.
Como Gloria, Paulina Garcia é simplesmente excelente, com
uma interpretação corajosa e cheia de força. A sua Gloria é uma mulher real,
para quem a vida ainda tem muito para oferecer. A seu lado, Sérgio Hernández é um
apaixonado, mas patético, Rodolfo.
Não é uma usual história de amor, mas talvez por isso
seja fácil acreditar nela e, claro que o sentido de humor do realizador Sebastián
Lélio ajuda muito. Apenas achei que não havia necessidade de tantos planos
fixos de Gloria, que acabam por prolongar o filme sem razão aparente para isso.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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