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terça-feira, 8 de abril de 2014

GLORIA de Sebastián Lelio

Gloria é uma cinquentona divorciada, com dois filhos já criados, com um espírito alegre e que gosta de sair à noite e de dançar. Um dia conhece Rodolfo, um homem um pouco mais velho que ela e recentemente divorciado, e entre os dois nasce uma paixão que vai transtornar a vida de Gloria.

É refrescante ver uma história de amor em que os heróis não são um casal de jovens, nem um casal de veteranos de Hollywood cheios de operações plásticas. Os protagonistas deste filme não são bonitos e ricos, mas também não são feios nem pobres, são pessoas normais, com vidas com as quais nos podemos identificar.

É um filme honesto, sem medo de filmar os corpos nús dos personagens e de os mostrar em cenas de sexo. As camadas mais jovens, que acham que a partir dos 50 a vida sexual acaba e que os pais não fazem sexo, poderão ficar chocados, mas tudo neste filme é feito com carinho e respeito pelos personagens.

Como Gloria, Paulina Garcia é simplesmente excelente, com uma interpretação corajosa e cheia de força. A sua Gloria é uma mulher real, para quem a vida ainda tem muito para oferecer. A seu lado, Sérgio Hernández é um apaixonado, mas patético, Rodolfo.


Não é uma usual história de amor, mas talvez por isso seja fácil acreditar nela e, claro que o sentido de humor do realizador Sebastián Lélio ajuda muito. Apenas achei que não havia necessidade de tantos planos fixos de Gloria, que acabam por prolongar o filme sem razão aparente para isso. Classificação: 7 (de 1 a 10)




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