Uma chamada feita por um falso policia, acusando uma
jovem empregada de roubar um cliente, leva a que a gerente do restaurante
interrogue e reviste a jovem, num crescendo de tensão e abuso que acaba por
envolver mais pessoas.
Se há um filme que revela o quão estúpidas e facilmente manipuláveis
as pessoas são, este é esse filme. Como é possível isto ter acontecido e mais
que uma vez? Será que as pessoas não pensaram e nem se aperceberam do quão
estranho eram as ordens do alegado polícia?
Como já devem ter percebido, estamos perante um filme que
mexe com o nosso sistema nervoso. O realizador/argumentista Craig Zobel encena
de forma simples uma situação de tensão que por vezes ultrapassa o plausível
(bem, isto é supostamente baseado numa história verídica). A situação em si
perde um bocado a força ao ser arrastada para cerca de 90 minutos, com alguns
desnecessários longos planos (o policia a caminho do restaurante), mas não
deixa de ser incómoda.
O melhor é o elenco; um grupo de pouco conhecidos mas
convincentes profissionais dá vida às personagens. Destaque para uma notável
Ann Dowd como a gerente, para uma frágil Dreama Walker como a empregada e um demente/trocista
Pat Healy como o falso policia.
Com uma montagem mais condensada e um tempo de duração
mais curto, poderíamos estar perante um excelente thriller. Mas mesmo assim, é
eficaz, enervante e deixa-nos a pensar na condição humana e como é fácil
manipular pessoas. Classificação: 6 (de
1 a 10)
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