Um homem é responsável pelo atropelamento e morte de uma
criança. A sua mãe, uma mulher manipuladora e possessiva, vai tentar tudo para
o ilibar da culpa e tentar que este não saia da sua proximidade, algo que ele
detesta.
As relações entre mães e filhos podem ser muito
complicadas e, neste caso em particular, extremamente dramáticas. O realizador
Calin Peter Netzer dá-nos um retrato realista, por vezes quase documental, da
relação entre uma mãe (uma notável Luminita Gheorghiu) disposta a tudo pelo seu
filho (um passivamente agressivo Bogdan Dumitrache) e do ódio que este sente
por ela. O clima é tenso e o mais interessante é o que fica por dizer. É óbvio
que o ódio que o filho sente pela mãe não é natural e que algo o provocou, mas
nada nos é revelado. Numa cena incómoda, uma simples massagem que a mãe dá ao
filho ganha uma inesperada carga erótica. De certeza que se passa mais qualquer
coisa entre eles, mas o realizador opta por não seguir esse caminho.
É uma pena que se perca tempo com cenas que em nada
adiantam para a história, como o desinteressante jantar de aniversário ou a
longa sequência na ópera. Mas este é sem dúvida um drama que retrata muito bem
a obsessão doentia que certas mães têm pelos seus filhos. Classificação: 6 (de 1 a 10)
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