Etiquetas

sexta-feira, 15 de julho de 2022

A IMAGEM DO MEDO (A Reflection of Fear) de William A. Fraker


No dia 17 de Janeiro de 1976, com a tenra idade de 11 anos, os meus pais levaram-me pela primeira vez a uma sessão de cinema de terror à meia-noite. Não pensem que eles eram irresponsáveis, pois fui que lhes pedi para me levarem. Nesse sábado vi no jornal um pequeno anúncio que dizia que na sessão da meia-noite do Cinema Lumiar (desaparecido hoje em dia) ia ser exibido um filme de terror psicológico (na altura não fazia a ideia do que isso queria dizer), e lá consegui convencer os meus pais, o problema é que não tínhamos carro. Assim, foram eles que convenceram uma prima minha e o seu marido (eles tinham carro) a ir connosco.

Recordo-me que estava muito excitado, não só porque era uma sessão da meia-noite (o primeiro filme que tinha visto numa dessas sessões tinha sido o 7 NOIVAS PARA SETE IRMÃOS), mas principalmente porque ia ser o primeiro filme de terror para adultos que ia ver ao cinema.

A história gira à volta de uma rapariga (Sondra Locke) que vive com a mãe (Mary Ure) e a avó (Signe Hasso) numa grande e isolada casa. Ela sente-me muito só e o seu melhor amigo é um boneco de trapos, que parece ter vida própria. Quando o seu distante pai (Robert Shaw) visita a casa com a sua amante (Sally Kellerman), com quem planeia casar, começam a acontecer coisas estranhas na casa.

Não sei se comecei a ter medo de bonecos por causa deste filme ou se já tinha e este filme só o veio intensificar. Independentemente disso, há uma cena muito arrepiante que ainda hoje, sempre que penso nela, me dá calafrios. A rapariga está sozinha no seu quarto falando com o tal boneco, chateia-se com este e atira-o para o chão junto aos pés da cama. De repente, o boneco levanta-se... verdadeiramente assustador! Desde esse dia nunca mais voltei a olhar para bonecos da mesma forma.

Visto hoje, provavelmente, o filme poderá ser datado ou mesmo aborrecido, pois lembro-me que o ritmo era lento, mas tinha um excelente twist, que não vou contar. Produzido em 1972, era bastante intenso e para um puto de 11 anos, um verdadeiro pesadelo! Mas adorei cada minuto!

Este foi o primeiro de uma série de 6 filmes de terror que vi nas sessões da meia-noite do Lumiar, sempre na companhia dos meus pais e primos. Houve por lá outras sessões, mas não podíamos ir a todas. Em breve falarei sobre os outros filmes que vi por lá.













































Sem comentários:

Enviar um comentário