A História: Tilly (Kate Winslet) regressa à sua terra
natal, uma pequena aldeia rural no interior da Austrália, munida de uma máquina
de costura e um desejo de vingança.
O Melhor: A sequência em que o polícia (Hugo Weaving)
quase tem um orgasmo a abrir uma encomenda de Tilly. A cena em que esta e a mãe
(Judy Davis) olham deslambidas para um desnudado Liam Hemsworth. O final com
passadeira vermelha.
O Pior: A história de amor entre Tilly e Teddy não
convence e parece metida a martelo.
Os Actores: Kate Winslet está no seu melhor, deslumbrante
como uma verdadeira estrela de cinema e com um sentido de humor que lhe assenta
que nem uma luva (a fazer lembrar Rita Hayworth na cena do futebol). Como a sua
mãe, uma quase irreconhecível Judy Davis é simplesmente excelente. Numa
merecida mudança de registo, Hugo Weaving vibra e diverte-se como o polícia
local. É verdade, Liam Hemsworth é um borracho digno de ser apreciado, mas como
actor é um pouco canastrão. Num papel secundário, Sarah Snook brilha como o
“patinho feio” Gertrude.
O Filme: Com uma galeria de personagens exageradas a
roçar o excessivo e encenado com grande teatralidade, este drama (ou será
comédia?) não é para todos gostos. O seu ritmo lento e a longa duração podem
afastar alguns, mas a verdade é que eu gostei. Apesar de não ser propriamente uma
comédia, diverti-me com esta história de vingança no feminino em ambiente de
western, com um guarda-roupa “gritante” e um lado muito negro e violento. O
filme acabou de ganhar os “óscares” da academia australiana para Melhor Actriz
(Winslet), Actriz Secundário (Davis), Actor Secundário (Weaving) e o prémio do
público para Melhor Filme Australiano. É um objecto estranho, mas vale a
visita; é como se diz, “primeiro estranha-se e depois entranha-se”.
Classificação: 7 (de 1 a 10)
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