Com a queda do
Muro de Berlim, Katrine, filha de uma norueguesa e de um alemão nazi, vê-se
confrontada com um passado obscuro que preferia esquecer e que coloca em causa
a vida que construiu com a sua família.
Não há nada
como uma boa história para me prender a atenção. Quando esta é bem contada e
bem representada melhor ainda. É isso que acontece com esta drama com contornos
de thriller, que nos dá um retrato cativante de uma mulher confrontada com uma
verdade escondida e da sua relação com aqueles que a rodeiam. Sem necessidade
de grande dramatismo ou lamechices, os realizadores George Maas e Judith
Kaufmann, dão-nos um filme sem pontos mortos, onde o nosso interesse está
sempre desperto e damos por nós a torcer pela sua protagonista.
No papel
principal, Juliane Köhler dá-nos uma interpretação brilhante; conseguindo criar
empatia connosco, mesmo quando pomos em causa algumas das suas acções. A seu
lado, como a sua mãe, Liv Ullmann continua uma senhora actriz e uma que soube
envelhecer. O sexy Ken Duken, vai bem como o jovem advogado que, com as
melhores intenções deste mundo, vai abanar a vida de Katrine.
Confesso que
não tinha conhecimento dos factos que inspiraram este história, mas a verdade é
que os nazis nunca param de me surpreender pela negativa. Uma boa e forte
surpresa que espero não passe despercebida do grande público. Classificação: 7 (de 1 a 10)
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