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domingo, 2 de novembro de 2014

AS DUAS FACES DE JANEIRO (The Two Faces of January) de Hossein Amini

Os MacFarland são um casal rico a passar férias na Grécia. Aí conhecem Rydal, um americano vigarista que trabalha como guia turístico. Quando os MacFarland se vêem metidos numa situação complicada cabe a Rydal dar-lhes uma ajuda, sem saber no que se está a meter.

Primeiro, porque é que o filme se chama AS DUAS FACES DE JANEIRO? Devo ser muito burro, pois não percebi, mas se alguém percebeu por favor expliquem-me (provavelmente o romance da Patricia Highsmith em que o filme se baseia explica tudo). Segundo, quem é que disse a Hossein Amini, que aqui se estreia na realização de longas-metragens depois de uma carreira como argumentista (DRIVE, THE WINGS OF THE DOVE, etc), que ele tinha talento para fazer um thriller à lá Hitchcock?

É verdade que o ambiente à lá Hithcock está cá, principalmente na música de Alberto Iglesias, mas a história é tão desinteressante que, nem mesmo quando os crimes acontecem, não há qualquer tipo de emoção. A fotografia amarelada dá-nos uma Grécia árida e Amini filma tudo como se algo de importante fosse acontecer, mas infelizmente nada acontece. As cenas iniciais, com as trocas de olhares suspeitos entre Rydal e o Sr. MacFarland, prometem algo que nunca se materializa e a acção arrasta-se por uns longos 96 minutos.

Quanto aos actores, salva-se Kirsten Dunst como a Sra. MacFarland. No papel do seu marido, Viggo Mortensen está num overacting descontrolado e Oscar Isaac, com o seu olhar de “carneiro mal morto”, está igual a si próprio. Para esquecer. Classificação: 2 (de 1 a 10)


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