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sábado, 7 de setembro de 2013

O MORDOMO (The Butler) de Lee Daniels


Após o seu pai ser assassinado num campo de algodão, Cecil Gaines vai trabalhar como criado para dentro da mansão, onde aprende a servir à mesa. Anos mais tarde, já um homem, ele abandona a plantação e consegue emprego num hotel. Torna-se um excelente profissional e acaba por ser descoberto pelo responsável pela criadagem da Casa Branca. É aí que Cecil trabalha durante o resto da sua vida, servindo 8 Presidentes e sendo espectador passivo das lutas pelos direitos civis dos negros, a guerra do Vietname e outros acontecimentos históricos.

Sabem aqueles filmes que são feitos a pensar nos Óscares? Pois bem, têm aqui um bom exemplo dessa vertente. Um filme que fala de assuntos sérios, daqueles que são muito queridos aos membros da Academia, com um elenco de caras conhecidas e ao mesmo tempo completamente inofensivo. É curioso observar como todos os possíveis aspectos polémicos da história são tratados de forma superficial. É tudo muito levezinho e limpinho. Acontecem coisas muito dramáticas, mas não têm grande envolvência emocional e não me tocaram. Também achei desnecessário o trabalho de maquilhagem, independentemente da sua grande qualidade, para tornar os actores fisicamente parecidos aos presidentes que interpretam; as suas interpretações não ganham mais por isso.

Quanto ao elenco, vão todos muito bem, mesmo aquelas estrelas que só aparecem por uns breves minutos. Tal como o filme, a interpretação de Forest Whitaker é levezinha e não acredito que lhe dê uma nomeação para o Óscar. Quem eu acho que merece uma nomeação é a surpreendente Oprah Winfrey que, como a esposa do mordomo, se revela uma excelente actriz e é a melhor coisa do filme.

Achei curioso o facto da criadagem da Casa Branca ser toda negra; seria por racismo ou uma forma de os Presidentes mostrarem que eram pela integração? Fosse lá porque fosse, talvez seja a única coisa neste filme que poderá provocar alguma polémica.

Aconselhado a quem goste de dramas biográficos bem feitos e inofensivos. Para mim queria mais dramatismo, mais emoção e só Oprah nos dá isso. Classificação: 5 (de 1 a 10)





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