Steve Jobs é um jovem que não sabe muito bem quais
são os seus objectivos e que vive uma vida livre e quase anti-social. Um dia,
na garagem dos seus pais, ele e um grupo de amigos criam o primeiro computador
Apple. A partir daí começa a sua ascensão profissional que culmina com o
império que é hoje a Apple.
As comparações com o filme THE SOCIAL NETWORK são
inevitáveis. Ambos são biografias de personalidades muito actuais, mas enquanto
o primeiro era um filme cinematográfico, este JOBS é um simples telefilme. Não
me peçam para explicar isto que eu não o sei fazer e também não quero parecer
pretensioso fazendo-o, mas há coisas que se sentem e esta é uma delas.
O presente filme não cria qualquer tipo de envolvimento
dramático com as personagens, limitando-se a ser um relato dos factos da vida
de Steve Jobs, que podia ser um génio, mas era também um egocêntrico filha da
puta que usava as pessoas para os seus fins e, quando já não necessitava delas,
dava-lhes um pontapé no cú. Perdoem-me a linguagem, mas é a melhor forma que eu
tenho de descrever este personagem. Assim, é-nos completamente indiferente os
seus altos e baixos e, na realidade, parece que o moço também não aprendeu com
os mesmos.
Não sei como era o verdadeiro Jobs, mas parece-me
que, fisicamente, Ashton Kutcher está próximo da imagem que se tem dele. Já
dramaticamente falando, acho a sua interpretação tão superficial como o filme;
não é que ele esteja mal, mas acho que ele necessitava de sentir mais o
personagem. Quanto ao restante elenco limita-se a dar apoio ao rapaz, o que fazem
sem esforço mas também sem brilho.
Um retrato superficial e pouco interessante de um génio
que não fica muito bem visto com este filme. Classificação: 3 (de 1 a 10)
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