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domingo, 28 de julho de 2013

SÓ DEUS PERDOA (Only God Forgives) de Nicolas Winding Refn


Em Bangkok um homem viola e assassina uma jovem prostituta e, com autorização do chefe da polícia, o pai da vítima mata o assassino à paulada. O irmão deste pensa em vingar-se, mas quando sabe o que o irmão fez acha que ele teve o que merecia. Entretanto a mãe de ambos chega à cidade com uma enorme sede de vingança.

Julgo que este é um daqueles filmes que se ama ou odeia, infelizmente encontro-me no segundo grupo. Quando vi DRIVE, do mesmo realizador e também com Ryan Gosling, fiquei rendido ao filme e, apesar de ser um exercício de estilo, tinha uma história interessante e um centro emocional bastante forte. Este SÓ DEUS PERDOA é só estilo e nada mais.

Tal como em DRIVE a violência abunda, mas aqui é tão gratuita e desprovida de emoção que me deixou completamente indiferente. Visualmente tem algumas coisas interessantes, mas ao fim de alguns minutos começam a cansar e confesso que tive que lutar contra o sono durante quase todo o filme.

No papel principal Ryan Gosling limita-se a passear com o seu ar “cool” e inexpressivo; o gajo é giro e acredito que, pela forma como o filma, Nicolas Winding Refn deve ter uma paixoneta por ele. Como o chefe de policia, Vithaya Pansringarm é igualmente inexpressivo, mas canta! Como a mãe, Kristin Scott Thomas é a única coisa boa que o filme tem, mas não chega. E já agora, alguém é capaz de me explicar porque é que andam todos tão devagar, quase como se estivessem em câmara lenta? Acredito que isto deve ter um significado qualquer, mas não descobri qual.

O filme fez-me lembrar o universo estranho de David Lynch, mas falta-lhe o lado surrealista da obra desse realizador. Esperava melhor, muito melhor, da equipa do DRIVE. Uma das grandes decepções do ano. Classificação: 1 (de 1 a 10)




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