América anos 50. Uma família da classe média, pai trabalhador e austero, mãe etérea e carinhosa, três filhos. O mais velho destes, Jack, tem uma relação de amor/ódio com o pai e é um revoltado à deriva.
Imaginem um documentário da National Geographic sobre a teoria do “big bang” misturado com um canal da igreja e o resultado seria qualquer coisa parecida com este filme. Não há dúvida que Malick nos sabe dar imagens muito bonitas (excelente trabalho de fotografia de Emmanuel Lubezki), mas ao fim de 5 minutos dessas imagens estava quase a dormir. Só despertei a partir do momento que Jack se torna um rapazinho revoltado e gostei do modo como Malick filma quase sempre de baixo para cima, na perspectiva das crianças. Os diálogos são escassos, é tudo muito ao nível do pensamento, e isso só por si não me aborrece, o problema é que a história não é muito interessante e por diversas vezes olhei para o meu relógio. O elenco vai muito bem, principalmente os miúdos (um deles, Laramie Eppler, é igual ao Brad Pitt), mas isso não chegou para me conquistar. Quando, nos minutos finais, voltamos às imagens etéreas, já estava sem paciência. No princípio do filme, a personagem da mãe diz que só existem dois caminhos, o da Graça e o da Natureza, esqueceu-se do da Emoção e é por esse que eu vivo os filmes. Bem, isto se calhar não é um filme, mas sim uma experiência religiosa; é tudo uma questão de fé, mas em relação a este filme a minha é quase nula. Classificação: 3 (de 1 a 10)
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