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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

EU, TONYA (I, Tonya) de Craig Gillespie

A História: Tudo o que a jovem Tonya Harding queria era ser a melhor patinadora artística do mundo e tinha talento para isso. Infelizmente, as suas origens humildes e a sua possível envolvência num incidente que prejudica a carreira de uma colega não a ajudam na concretização do seu sonho.

O Filme: Acreditem ou não, a verdade é que nunca tinha ouvido falar desta história antes de ouvir falar do filme.
Realizada em estilo documental por Craig Gillespie (que nos deu o delicioso LARS AND THE REAL GIRL), o filme retrata com humor os factos de uma história que, pelos vistos, fez correr muita tinta e tornou Tonya Harding famosa pelas razões erradas. O eficaz trabalho de montagem de Tatiana S. Riegel dá-lhe o ritmo certo e Gillespie consegue o equilíbrio entre as supostas entrevistas reais e as cenas de ficção.
Em Margot Robbie, Gillespie encontrou a actriz perfeita para o papel e quem diria que a Jane do THE LEGEND OF TARZAN era uma actriz tão talentosa. Apesar da sua estranha maneira de ser, um misto de bruta e frágil, ela consegue criar empatia com o público e desejamos tanto quanto ela que o seu sonho se torne realidade. A seu lado, Sebastian Stan (o Winter Soldier do CAPTAIN AMERICA) é excelente como o seu marido apaixonado e abusador. No papel da mãe de Tonya, Allison Janney dá-nos uma personagem odiosamente inesquecível, mas com sentido de humor. Como o amigo do marido, Paul Walter Hauser é perfeitamente imbecil.
Mais que um filme sobre Tonya, é um retrato de uma América interior, de gente pobre, inculta e “saloia”; a América que votou em Trump para presidente. Um universo que Gillespie parece conhecer muito bem. Não é um filme fabuloso, mas merece a vossa visita.

Classificação: 6 (de 1 a 10)






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