Nick e Amy estão casados há 5 anos e são aparentemente
felizes. No dia do 5º aniversário do seu casamento, Amy desaparece sem rasto e
tudo indica que Nick pode estar a esconder algo. Quando a polícia descobre o
diário de Amy, torna-se aparente que ela pode ter sido assassinada pelo marido.
David Fincher está de volta e traz consigo um thriller
dramático, com uma grande dose de humor negro e cínico. Fincher deve ter tido
um especial prazer em retratar a forma como os media podem ser manipulados e
como depois estes manipulam a opinião pública. Com um argumento interessante e
cheio de surpresas, baseado no best-seller de Gillian Flynn que também escreveu
o argumento, é um retrato de uma América governada pelos media e pelas aparências;
infelizmente não é só uma realidade americana. Apesar da sua longa duração, o
entretenimento é constante, com uma montagem eficaz e nada é deixado ao acaso
ou está lá só por estar. Gostei do facto de Fincher e Flynn evitarem falsos
moralismos.
Como Nick, Ben Affleck tem uma melhores interpretações da
sua carreira; ele é um pateta facilmente manipulável e que, tal como nós, não
sabe como comportar-se no meio desta estranha situação, nem como lidar com os
media. Rosamund Pike já apareceu em muitos filmes onde a sua beleza e talento
sempre brilharam, mas é como Amy que ela se vai tornar uma estrela. Ela é fria,
enigmática, louca, sensual, manipuladora e ao mesmo tempo consegue ter por
vezes uma doçura inocente capaz de desarmar qualquer um. Uma senhora actriz! Se
Alfred Hitchcock fosse vivo tenho a certeza que ela seria uma das suas actrizes
de eleição. Em papéis secundários, Kim Dickens, Carrie Coon, Neil Patrick
Harris e Tyler Perry dão o seu melhor, provando uma vez mais que Fincher é um
excelente director de actores.
Um bom thriller que nos mantém presos ao ecrã do princípio
ao fim do filme. Classificação: 7 (de 1
a 10)
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