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domingo, 19 de maio de 2013

O GRANDE GATSBY (The Great Gatsby) de Baz Luhrmann


Nick Carraway muda-se para Long Island, alugando uma casa que fica ao lado do palacete do rico e misterioso Gatsby. Não muito longe vive Daisy, uma prima de Nick, e o seu marido Tom, uns ricaços. Um dia Nick é convidado para uma das fantásticas festas de Gatsby e entre os dois nasce uma espécie de amizade. Entretanto, Nick descobre que Gatsby e Daisy  foram namorados há uns anos atrás. Com a sua ajuda, Gatsby está disposto a tudo para reconquistar Daisy.

Nunca li a novela clássica de F. Scott Fitzgerald. Vi a versão com o Robert Redford e Mia Farrow, mas não me lembro de nada, a não ser das festas ao som do “Charleston”. Assim, pode-se dizer que fui ver esta nova adaptação sem grandes referências para poder tecer comparações.

O filme de Baz Luhrmann (de quem adoro o STRICTLY BALLROOM) é bonito de se ver, mas tem tanta poluição sonora e visual que acaba por se tornar cansativo. Luhrmann é apologista do “quanto mais melhor” e assim esqueceu-se de dar uma alma, um coração, ao filme. A paixão de Gatsby por Daisy é apenas mais um adereço nesta festa de roupa de luxo,  cenários grandiosos, explosões de cor, filtros de luz, corridas de carros, tudo ao som do... devia ser do jazz, mas infelizmente Luhrmann preferiu dar um som moderno ao seu filme, com resultados desastrosos. Eu adoro os anos 20s e a música faz parte integrante dessa minha paixão, mas entrar num “speakeasy” (bar clandestino?) com negros a tocar e a dançar, mas o que se ouve é um tema contemporâneo, para mim isso tira-lhe a magia e afasta-me do filme. Quanto ao 3D não sei, pois vi a versão 2D, mas duvido que o filme ganhe alguma coisa com isso, será apenas mais uma distracção ao vazio emocional do filme.


Quanto ao elenco, Leonardo DiCaprio é convincente como Gatsby, mas esperava mais da bonita Carey Mulligan como a fútil Daisy. Nunca simpatizei muito com Tobey Maguire, sempre o achei um sonso irritante, e aqui ele não faz nada que mude a minha opinião. Gostei especialmente de Elizabeth Debicki que, como Jordan, uma amiga de Daisy, personifica na perfeição o espírito dos anos 20.

Longo, barulhento, alucinante, pretencioso e desinteressante, vale pelo desfilar de moda e pela presença de DiCpario e Debicki. Confesso que não estava à espera que fosse muito melhor. Classificação: 3 (de 1 a 10)





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