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domingo, 9 de dezembro de 2012

ANNA KARENINA de Joe Wright


Anna, uma jovem casada, um dia apaixona-se perdidamente por um charmoso conde e ele por ela. Tornam-se amantes e escandalizam a sociedade da época, se bem que o marido dela é mais compreensivo do que seria de prever. Ao mesmo tempo, um jovem agricultor deseja casar com uma jovem que também está apaixonada pelo tal conde.

Este visualmente deslumbrante filme é o melhor da carreira de Joe Wright. A história, mais uma adaptação do clássico romântico de Leo Tolstoy, não é a mais valia desta obra cinematográfica. Aqui, o principal é o conceito genial engendrado por Wright para nos contar a história. Quase toda a acção acontece dentro de uma sala de teatro e seus bastidores, num trabalho genial de montagem, criatividade e luxo artístico. Wright filma como se tivesse a dirigir uma ópera, mas o filme nunca é teatral, antes pelo contrário. A forma como tudo se move é de uma graciosidade extrema e puramente cinematográfico.

Confesso que não sou fã de Keira Knightley, mas aqui ela está lindíssima e tem um papel que lhe assenta que nem uma luva. A seu lado Jude Law, como o marido, e Aaron Taylor-Johnson como o amante, fazem um belo par e convencem nos seus papéis. Como o jovem agricultor e sua pretendida, Domhnall Gleeson e Alicia Vikanor são uma revelação (pessoalmente, acho a história deles mais interessante que a de Anna e seus homens).

Não estamos perante uma obra superior de cinema, mas sim perante um verdadeiro festival visual para o qual muito contribuiu a excelente fotografia de Seamus McGarvey, a fabulosa montagem de Melanie Oliver, o deslumbrante guarda-roupa de Jacqueline Durran e os imaginativos cenários de Sarah Greenwood e sua equipa. Sem dúvida um dos mais bonitos, se não o mais bonito, filmes do ano. Classificação: 7 (de 1 a 10)


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