Quatro refugiados do Sudão chegam aos Estados Unidos, com
a chance de terem uma vida melhor, mas logo à chegada a sua irmã é separada
deles. Vai caber a uma agente de empregos arranjar-lhes colocação e ajudá-los a
adaptaram-se à nova vida.
O realizador do interessante PROFESSOR LAZHAR, Philippe
Falardeau, está de volta com outro drama sobre refugiados e volta a conseguir
comover-nos. Imagino que ele nos dá uma versão soft do que os jovens refugiados
do Sudão viveram, mas é o suficiente para sentir-mos a sua angústia e perceber
que devíamos ter vergonha das nossas crises existenciais. Para aqueles jovens é
tudo sobre como viver mais umas horas e tentar chegar ao dia seguinte.
O filme comove, mas não cai na lamechice. É tudo muito
real e não nos sentimos manipulados. Depois Falardeau sabe quando introduzir o
humor e fá-lo de forma simples e eficaz, conseguindo um trabalho equilibrado e
sensível.
Desenganem-se aqueles que pensam que vão ver um drama com
Reese Witherspoon; ela faz parte do elenco e vai muito bem, mas é uma
personagem secundária. Os principais são o trio de refugiados que ela ajuda,
interpretados convincentemente por Arnold Oceng, Ger Duany e Emmanuel Jal. O
filme é sobre a sua luta pela sobrevivência e faz-nos pensar que na realidade,
com as suas estúpidas guerras, o Homem é mesmo uma raça desprezível. Classificação: 7 (de 1 a 10)
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