Etiquetas

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O SALÃO DO JIMMY (Jimmy’s Hall) de Ken Loach

James, um inconformista que regressa à sua aldeia na Irlanda dos anos 30, decide reabrir o seu velho salão, onde as pessoas podem divertir-se, aprender e discutir ideias. O Padre responsável pela zona considera-o um perigo e, com a ajuda dos fascistas, decide destruí-lo e tudo o que ele pode representar.

Baseado na vida de James Gralton, um irlandês que foi deportado do seu país natal nos anos 20, é um drama social e manipulador. Sem qualquer dificuldade, o realizador Ken Loach põe-nos do lado de Jimmy e contra a classe opressiva representada pelo Padre Sheridan. Apesar de ser muito realista, levei todo o filme a pensar que se tratava de uma versão séria e adulta do FOOTLOOSE; pensando bem no assunto, acho que é isso mesmo.

O melhor do filmes são as excelentes cenas entre James e Oonagh, uma mulher casada que o ama. A sequência em que eles dançam sozinhos no salão é das mais românticas que tenho visto ultimamente e dela desprende-se uma magia simples, que nos envolve e emociona. A química entre os dois é palpável e muito real. Barry Ward é um James charmoso, bem falante e a quem apetece passar as mãos no cabelo. Simone Kirby é memorável como Oonagh, uma mulher de grande beleza interior.

No papel do odioso Padre Sheridan, Jim Norton dá-nos uma interpretação poderosa, fazendo-nos odiar todos os poros do seu personagem. Infelizmente a actriz escolhida para o importante papel da mãe de  James, Aileen Henry, é desprovida de qualquer tipo de emoção ou expressão; uma pena que desequilibra o resultado final.

O filme peca por ser um pouco longo, perdendo-se por vezes em prolongadas sequências de dança. Mas segue-se sempre com interesse e alguma raiva. Classificação: 6 (de 1 a 10)




Sem comentários:

Enviar um comentário