Dwight é um vagabundo que é informado pela polícia que o
homem que assassinou os seus pais foi libertado da prisão. Decidido a
vingar-se, ele regressa à sua terra natal onde, com o fim de proteger a sua
restante família, se vê obrigado a enfrentar a família do assassino.
O realizador Jeremy Saulnier dá-nos um tenso e sombrio
thriller, que me trouxe à memória o cinema dos irmãos Coen (principalmente o
BLOOD SIMPLE) e o filme CÃES DE PALHA. Felizmente estas comparações não o
prejudicam em nada, pois o seu filme tem uma personalidade própria e uma
realização discreta, onde o que importa é a história e o seu personagem
principal, sem necessidade de efeitos fotográficos ou montagens mirabolantes.
Saulnier revela-se também um director de fotografia cuidado e com uma natural
visão artística (a imagem inicial da feira de diversões é um bom exemplo do que
digo).
Como Dwight, Macon Blair é extremamente convincente no
papel de um homem banal, desajeitado, mas capaz de matar sem sentir grandes remorsos.
É uma visão negra, violenta (abstenha-se de o ver quem
não gostar de sangue) e crua de uma América viciada em armas, onde estas estão
ao alcance de todos e onde tirar uma vida não parece ser uma grande problema
moral. Uma boa surpresa! Classificação: 7
(de 1 a 10)
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