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domingo, 20 de outubro de 2013

RAPTADAS (Prisoners) de Denis Villeneuve


A pequena filha de Keller Dover é raptada juntamente com uma amiga. A polícia prende um suspeito, Alex, mas sem provas são obrigados a soltá-lo. Desesperado, Keller rapta o suspeito determinado a fazê-lo falar; entretanto, o detective Loki continua numa busca desenfreada pelas miúdas.

Se gostam de filmes tensos, têm aqui um bom exemplo. Com um ambiente carregado, este thriller dramático tem uma alma muito negra. O importante aqui não é a identidade do criminoso, que achei previsível, mas sim as acções de todos os envolvidos, bem como o destino das vítimas. A questão aqui é até que ponto seríamos capazes de ir para encontrar e salvar os nossos entes queridos. Esse é o aspecto mais marcante do filme, bem como o mais negro. A tensão, e não tanto o suspense, é constante e talvez por isso o clímax saiba a pouco; mas ainda assim o realizador Denis Villeneuve dá-nos um forte filme do género.

Villeneuve também se revela exímio na direcção de actores, conseguindo boas interpretações de todo o elenco. Como Keller, Hugh Jackman tem aqui um dos seus melhores desempenhos, tão depressa é um respeitável pai de família, como um implacável justiceiro. Como o detective, Jake Gyllenhaal está em boa forma; o seu personagem não é propriamente limpinho, dando a sensação que a sua alma tem um lado negro que assenta bem na atmosfera do filme. Como a mãe da amiga da filha de Keller, Viola Davis continua a revelar-se uma excelente actriz e, como a esposa de Keller, temos uma convincente Maria Bello. Como Alex e a sua tia, Paul Dano e Melisa Leo, são dois talentosos actores que, apesar de estarem excelentes, já era tempo de mudarem de registo.

O filme dura mais de duas horas, mas o facto de não ter dado pelo tempo passar é prova que o filme captou a minha atenção desde o início, mantendo-me sempre interessado e tenso. Classificação: 8 (de 1 a 10)





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