ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES (Killers of the Flower Moon) de Martin Scorsese

Na Oklahoma de 1920 é descoberto petróleo em terras da tribo Osage. Claro que os “brancos” estão dispostos a tudo para ficarem com os seus terrenos e poços de petróleo. Entra em cena Ernest, sobrinho do “manda-chuva” local, instruído por este a casar-se com Mollie, uma herdeira Osage, que o aceita mesmo sabendo que ele não deve ser “boa prenda” e o drama começa.

Sei que estou contra a maré no que diz respeito a este filme de Martin Scorsese, mas não gostei muito do mesmo. É verdade, nunca fui grande apreciador de westerns (se bem que a alguns muitos bons) nem de filmes de gangsters (também há uns bons) e Scorsese mistura aqui ambos os géneros num regime factual baseado numa triste história verídica. A história merece ser contada, mas devido à sua estrutura factual não me consegui envolver emocionalmente com os personagens e acho que não havia necessidade de ser tão longo.

Em termos de produção não tenho nada a apontar e o mesmo digo quanto às interpretações, se bem que Robert De Niro continua no seu registo habitual e Leonardo DiCaprio, com os cantos de boca descaídos, só me fazia lembrar o Marlon Brando em fim de carreira. Como Mollie, Lily Gladstone, numa interpretação contida, está à altura destes dois veteranos e gostei de ver John Lithgow num pequeno, mas importante papel.

O que eu mais gostei foi do final radiofónico, que achei um apontamento genial. Quanto aos acontecimentos que são relatados, só revelam uma vez mais como a espécie humana (sim, faço parte da mesma) é do pior que pode haver, sempre com a ganância do poder e dinheiro.

Classificação: 4 (de 1 a 10)