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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

MANCHESTER BY THE SEA de Kenneth Lonergan

A História: Um homem solitário com um passado negro, Lee, recebe a notícia da morte do seu irmão e vê-se obrigado a regressar à sua terra. Aí fica a saber que o irmão lhe deixou a custódia do seu filho teenager, algo que ele está com dificuldades em aceitar.

Os Actores: Casey Affleck é um daqueles actores que nunca me convenceu. Sempre o achei igual a si próprio e pouco expressivo. Aqui encontrou o papel perfeito e, sem mudar do seu registo habitual, dá-nos a sua melhor interpretação e, provavelmente, poderá ganhar o Óscar, se bem que não acho que o mereça. O meu grande problema é que não consigo sentir nenhuma empatia com o moço e isso prejudicou a minha possível ligação emocional a este filme. Em papéis secundários, Michelle Williams e Gretchen Mol mostram do que são capazes e ofuscam Affleck. Quem está muito bem, é o jovem Lucas Hedges como o sobrinho com as hormonas aos saltos.

O Filme: Numa época em que a febre dos prémios cinematográficos começa a estar ao rubro, este é um dos títulos mais badalados do momento. O realizador Kenneth Lonergan dá-nos um drama bem construído, que mistura habilmente o presente com flashbacks do passado, ajudando-nos a perceber o que na realidade se passa com Lee e a relação deste com os outros. É uma história que toca nalguns assuntos incómodos, mas infelizmente não me senti emocionalmente envolvido com a mesma, nem com os seus personagens; em vez de a viver, vi-a como um mero espectador. No entanto, o filme tem duas excelentes cenas que me comoveram; sem querer revelar muito, posso adiantar que uma delas é o encontro acidental de Lee com a sua ex-mulher e a outra quando Lee revela ao sobrinho a decisão que tomou quanto ao futuro de ambos. Não é o filme que eu esperava, mas tem os seus momentos e quase de certeza que vai estar entre os nomeados aos Óscares.


Classificação: 6 (de 1 a 10)


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