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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

ARRANHA-CÉUS (High-Rise) de Ben Wheatley

A História: Laing, é um médico que se muda para um moderníssimo arranha-céus, onde as classes sociais estão divididas consoante os andares. O sonho do arquitecto Royal, responsável pela criação do edifício, é que este una as pessoas, mas depressa começam os conflitos e um violento caos instala-se dentro do edifício.

Os Actores: No papel principal, Tom Hiddleston vai bem como um homem desligado emocionalmente daqueles que o rodeiam e que parece encontrar dentro do arranha-céus aquilo que precisava. Há muito tempo que Jeremy Irons não tinha um papel tão interessante como este do arquitecto Royal e defende-o com unhas e dentes, dando-nos talvez a sua melhor interpretação dos últimos anos. Luke Evans dá vida a Wilder, um personagem louco, ou será que não o é? Quanto a elas, Sienna Miller continua a provar ser uma convincente e versátil actriz, cujo talento e beleza parece ainda não ter sido reconhecido pelo grande público. Quanto a Elizabeth Moss, a sua simpatia natural e ar inocente são perfeitos para dar vida à estranha grávida de nome Helen.

O Filme: Baseado numa novela de culto de J. G. Ballard, que eu nunca li, este é um daqueles filmes cujo género é praticamente inclassificável. No IMDb dizem que é um drama, não digo que o não seja, mas diria que é mais uma sátira dramática sobre a nossa sociedade, a luta das classes e a sede do poder. A realização de Ben Wheatley tem mais estilo do que alma e coração; a galeria de personagens é interessante, mas nenhuma delas parece real e isso afasta-nos emocionalmente do filme. O que fica é o lado visual, com as festas descontroladas e a violência estúpida que se instala. É sem dúvida um filme estranho, cujo verdadeiro significado me pode ter passado ao lado, mas não é aborrecido e gostei de assistir ao caos descontrolado da acção.

Classificação: 6 (de 1 a 10)


























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