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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CARRIE de Kimberly Peirce

Carrie White é uma jovem tímida e inocente que vive com sua mãe, uma fanática religiosa do pior que há. Um dia, no balneário da escola, Carrie tem o seu primeiro período e é gozada pelas colegas. Uma dessas colegas sente-me mal com o que fez e convence o namorado a convidar Carrie para o baile de finalistas; mas uma outra colega está decidida a gozar ainda mais com Carrie. Entretanto, Carrie descobre que consegue mover objectos com a sua mente e que esse poder fica mais forte quanto mais irritada ela fica.

A versão dos anos 70, dirigida por Brian De Palma e com uma fabulosa Sissy Spacek como Carrie, era um drama para adultos com fortes elementos de terror. Esta remake é uma versão para adolescentes, sem intensidade dramática e com muitos efeitos especiais. Não sei se os teenagers americanos são tão vazios e estúpidos como são retratados nos filmes, mas os personagens deste filme são tão desinteressantes que estamos desejosos que morram todos, Carrie inclusive.

A realizadora Kimberly Peirce não consegue criar tensão e não resistiu a usar e abusar dos efeitos especiais. Estes chegam a ser embaraçosos, como por exemplo a cena dos objectos cortantes à volta da mãe de Carrie. A sequência do baile, que na versão de De Palma era excelente, não tem força dramática e os actos de Carrie são ridículos. Também não era necessário tentar recriar o final do original, pois é uma tarefa impossível.

No papel de Carrie, Chloë Grace Moretz não me convenceu. Esta excelente jovem actriz, aqui dá-nos uma interpretação exagerada, feita de caretas e esgares, e sem qualquer tipo de envolvência emocional. Voltando à cena do baile, ela não passa de uma teenager vingativa, que tira prazer do mal que está a provocar; enquanto que no original Spacek é de certa forma vítima dos seus próprios poderes. A Moretz também falta o ar inocente e frágil que devia caracterizar a personagem. A melhor coisa desta remake é a presença de Julianne Moore como a mãe de Carrie que, apesar de não estar ao nível de Piper Laurie, é uma convincente fanática/louca religiosa.   


Já começo a estar farto de remakes. Eu sei que de vez em quando aparece uma que vale a pena, como por exemplo THE THING do John Carpenter ou THE FLY de David Cronenberg, mas são casos raros e ultimamente sofrem todas do mesmo mal – são feitas a pensar no mercado dos teenagers. Esta CARRIE nada trás nada de novo e mais valia terem ficado quietos. Um dos piores filmes do ano. Classificação: 2 (de 1 a 10)







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